Nos Estados Unidos, existem cerca de 6.200.000 pessoas com 65 anos ou mais com doença de Alzheimer. Quase 2 terços são mulheres. Isso significa que essa doença é quase duas vezes mais comum em mulheres em comparação com homens. Mas por quê?
Um primeiro ponto que explica isso é que as mulheres tendem a viver mais tempo do que os homens. Então mais homens morrem mais cedo e por isso não têm tempo de desenvolver a doença de Alzheimer. O fator de risco principal para essa doença é a idade. Quanto mais velho você é, maior a chance de desenvolver Doença de Alzheimer. Veja esses dados:
- 4 em cada 1000 pessoas com idades entre 65 e 74 anos desenvolvem Alzheimer a cada ano.
- 32 em cada 1000 pessoas com idades entre 75 e 84 anos desenvolvem Alzheimer a cada ano.
- 76 em cada 1000 pessoas com 85 anos ou mais desenvolvem Alzheimer a cada ano.
Porém, o Dr. Buson, da Faculdade de Medicina de Harvard, afirma que essa não é a resposta completa. Ele disse que a chance de desenvolver a doença de Alzheimer no final da vida é um pouco maior na mulher do que no homem.
Um estudo científico seguiu 16.926 pessoas na Suécia e descobriu que a partir dos 80 anos as mulheres eram mais propensas a serem diagnosticadas com a doença de Alzheimer do que os homens da mesma idade. Da mesma forma, um outro estudo em Taiwan descobriu que as chances de desenvolver a doença de Alzheimer ao longo dos 7 anos foram maiores em mulheres em comparação com os homens.
Uma metanálise (um estudo resumindo vários estudos) examinando o surgimento da doença de Alzheimer na Europa descobriu que aproximadamente 13 mulheres em 1000 desenvolveram Alzheimer a cada ano em comparação com apenas sete homens.
Portanto, diz o Dr. Andrew, neurologista de Harvard, as mulheres que vivem mais do que os homens não podem ser a resposta completa sobre o porque as mulheres são mais propensas do que os homens a desenvolver doença de Alzheimer. Porque mesmo entre os indivíduos que estão na mesma idade, as mulheres são mais propensas a serem diagnosticadas com Alzheimer do que os homens.
Uma pista para a resposta a esse quebra-cabeça é que a sua chance de desenvolver a demência de uma causa diferente da doença de Alzheimer não são maiores se você for uma mulher. Por exemplo, o estudo que examinou as taxas de demência na Suécia descobriu que mulheres e homens eram igualmente propensos a desenvolver uma demência não de Alzheimer, à medida que envelheceram.
Já que as taxas da doença de Alzheimer diferem de acordo com o sexo, enquanto as taxas de demências não de Alzheimer não diferem, sugere-se que deve haver uma interação específica entre a doença de Alzheimer e o gênero.
Uma outra pista para esse quebra-cabeça vem de um trabalho de pesquisadores de Harvard, que sugeriram que a substância chamada amiloide, um componente do adoecer de Alzheimer, pode ser depositada para combater infecções no cérebro. Se a sugestão deles estiver correta, podemos pensar na doença de Alzheimer como um subproduto do sistema imunológico do nosso cérebro.
A última peça do quebra-cabeça é que as mulheres têm cerca de duas vezes mais chances de ter uma doença autoimune em comparação aos homens. O motivo dessa diferença não é totalmente claro, mas se sabe que o sistema imunológico geralmente é mais forte nas mulheres do que nos homens, e muitas doenças autoimunes são mais comuns durante a gravidez. Pode ser que o sistema imunológico mais forte das mulheres tenha sido projetado por Deus para proteger o feto de infecções. Então as mulheres podem acabar tendo mais placas amiloides do que os homens.
Juntando as peças, ao combinar todas essas informações, uma possível explicação sobre porque o risco das mulheres desenvolverem a doença de Alzheimer é maior do que os homens, além de as mulheres viverem mais, segundo o Dr. Andry Burton, o neurologista da Harvard, é que as placas amiloides que causam a doença de Alzheimer podem fazer parte do sistema imunológico do cérebro para lutar contra infecções. As mulheres têm um sistema imunológico mais forte do que os homens. Como parte do seu sistema imunológico mais forte, elas podem acabar tendo mais placas amiloides do que os homens. Como elas podem ter mais placas amiloides do que os homens, essa teoria pode explicar porque as mulheres acabam tendo o risco maior de desenvolver a doença de Alzheimer.
Entretanto, esse neurologista explica que embora as ideias dele neste artigo sejam lógicas, coerentes e constituam a base de uma boa teoria, elas ainda não provaram estar corretas. Mais pesquisas são necessárias.
Então, resumindo, é mais provável que você desenvolva a doença de Alzheimer ao longo da vida se for mulher, porque as mulheres vivem mais tempo do que os homens, e possivelmente porque as mulheres têm um sistema imunológico mais forte em comparação aos homens. Isso significa que se você é mulher, é mais provável que desenvolva a doença de Alzheimer e não há nada que você possa fazer sobre isso Será? de jeito nenhum!
Você pode fazer muitas coisas para reduzir o risco de Alzheimer hoje mesmo. Veja o que você pode fazer começando agora mesmo, hoje, para prevenir:
- Se envolva em exercícios aeróbicos como caminhada rápida, corrida, ciclismo, natação ou aulas de aeróbica pelo menos 30 minutos por dia, 5 dias por semana.
- Prefira uma dieta vegetariana orientada por uma nutricionista que indica o vegetarianismo sem exageros. Coma frutas, vegetais, cereais integrais, legumes, pão integral, preferindo um desjejum bem caprichado, um almoço sem exagero e um jantar leve, pelo menos 2 horas antes de você ir dormir. Evite o álcool, a cafeína e o tabaco.
- Durma bem em ambiente ventilado, escuro, silencioso, de preferência vá dormir mais cedo. Quem sabe no máximo 10 horas da noite.
- Participe de atividades sociais com amigos em sua comunidade religiosa. Leia bons livros, faça algum curso para terceira idade, seja na faculdade ou em outros locais. Você pode se interessar por tapeçaria, pintura em cerâmica, bordado, crochê, artesanatos.
- Não guarde ressentimentos. Se envolva em ajuda voluntária, filantrópica em alguma instituição aí da sua cidade. Cultive gratidão. Tudo isso ajuda a prevenir a doença de Alzheimer.
Então, ainda que as mulheres tenham mais frequência de Alzheimer porque vivem mais tempo, você pode se prevenir, talvez até adiar, se tiver uma genética pesada contra você. Praticando essas coisas, uma vida natural, alimento natural, exercício ao ar livre e ingestão de água, ajudando uma comunidade que precisa da sua ajuda, se oferecendo num trabalho voluntário, cultivando gratidão no seu coração, todas essas atitudes positivas na vida estarão liberando certos hormônios que Deus colocou no corpo humano, como endorfina, dinarfina e serotonina, que ajudam na sua saúde e vão manter você uma pessoa ativa, empurrando esse Alzheimer para frente ou talvez nem tê-lo em sua vida. Pratique isso.
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Dr. Cesar Vasconcellos de Souza está trabalhando como psiquiatra e palestrante internacional. É autor de 3 livros, colunista da revista de saúde “Vida e Saúde” há 25 anos, e tem programa regular na TV “Novo Tempo”. Acesse mais conteudos no canal de Youtube.
IVANI MARIA HELFENSTENS PENQUES DA SILVA diz
Agradeço por divulgar esse estudo e pelas orientações, que , Inclusive são fáceis para qualquer pessoa praticar!