Você conhece pessoas que têm dificuldades de se relacionar de uma forma saudável? É possível que se trate de um transtorno, mas com possibilidade de mudanças para a pessoa, se ela por si mesma assim desejar. Para mudar, ela precisa parar de negar que tem problemas de personalidade. Parar de negar é o primeiro grande passo para o começo da mudança. Parar de negar é admitir a existência do problema, e isso, por sua vez, é básico para se procurar os caminhos da resolução.
Muitas pessoas apresentam o que chamamos cientificamente de transtorno de personalidade, como esquizoafetivo, esquizotípico e outros. Elas possuem um ego doentio acima das limitações que todos possuímos em nosso jeito de ser. Para alguns autores, essas pessoas são indivíduos com personalidade anormal, sem apresentar aparentemente lesão cerebral. Trata-se de um jeito de ser com forte tendência de permanecer assim a vida toda, e que compromete o desempenho da pessoa nos seus relacionamentos gerais.
O transtorno de personalidade aparece precocemente no desenvolvimento da pessoa, entranhando-se fortemente nela, fazendo-a ser assim. Quem sofre disso apresenta o exagero em alguns traços de caráter que todos possuímos, só que numa dose menor. Você pode ter tendência a dramatizar, a ter ciúmes, ansiedade, melancolia, perfeccionismo. Mas isso não precisa dominar a sua vida nem seus relacionamentos.
Já no indivíduo com transtorno de personalidade, ele é possuído de forma rígida por uma dessas características, perturbando o seu relacionamento consigo mesmo e com as outras pessoas, produzindo sofrimento por longo tempo, e talvez por toda a vida se não procurar ajuda e se não se empenhar em fazer algo para melhorar o seu jeito de ser.
Se alguém com transtorno de personalidade se esforçar para analisar a sua tendência doentia de pensar, de sentir, de se relacionar, tornará possível flexibilizar a rigidez do traço marcante alterado da sua personalidade. Isso diminuirá o sofrimento para a própria pessoa e para os que convivem com ela. Aprenderá a controlar seus impulsos agressivos e explosivos, poderá disciplinar seus pensamentos distorcidos, perceberá suas crenças não saudáveis sobre situações da vida e dos relacionamentos, poderá reduzir ciúmes doentios que geram brigas, conseguirá ser mais misericordiosa consigo mesma e com os outros quanto a gastos, entre outras mudanças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define os transtornos de personalidade desta forma: “Esses tipos de condição abrangem padrões de comportamento permanentes e profundamente arraigados no ser, que se manifestam como respostas inflexíveis a uma série de situações pessoais e sociais. Eles representam desvios extremos ou significativos do modo como um indivíduo médio em uma dada cultura percebe, pensa, sente e, particularmente, se relaciona com os outros.”
Alguns passos para uma pessoa com diagnóstico de transtorno de personalidade melhorar a sua saúde mental:
- Admitir que tem um problema.
- Decidir procurar e receber ajuda para mudar.
- Entender e perceber que existem formas de pensar distorcidas em sua mente, baseadas em crenças errôneas desenvolvidas na vida; existe alteração da expressão afetiva normal.
- Aceitar os erros na alimentação atual e corrigi-los, porque assim a ansiedade e a agressividade podem diminuir, a explosão emocional, a hostilidade, a possível frieza emocional, que prejudicam o contato agradável com as pessoas.
- Recorrer à ajuda espiritual, como a meditação de textos bíblicos, a oração, o convívio com amigos que são pessoas espirituais, comprometidas com a sua religião e não extremistas.
- Seguir com atendimento profissional especializado.
Não precisamos ficar presos em comportamentos e hábitos adquiridos por muitos anos. É possível mudar. Dê hoje um passo na direção certa!
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Dr. Cesar Vasconcellos de Souza está trabalhando como psiquiatra e palestrante internacional. É autor de 3 livros, colunista da revista de saúde “Vida e Saúde” há 25 anos, e tem programa regular na TV “Novo Tempo”. Acesse mais conteudos no canal de Youtube.
Regina diz
Muito bom artigo.
Linalva Machado Rego da Silva diz
Boa noite! Como sempre,i estes artigos me ajudam muito. obrigada !.Deus os abençoe!😊🙏!
Loran diz
Top. Altamente top. Obrigada por este artigo, é de grande serventia.
Maxlene diz
Bastante interessante! Todos nós deveríamos aprender nas escolas esses conceitos. Assim nossas crianças poderão ter um convívio saudável consigo mesmas e com os outros, sendo adultos mais felizes e emocionalmente estáveis.
Obrigada pelo artigo