A onda de refugiados está mais uma vez passando pela Europa. Muitas pessoas ficam lá, e outras estão indo para algum lugar mais distante. Muitos voluntários são necessários para cuidar deles. Mas ser capaz de ajudar não é uma via de mão única. Faz-nos felizes e é importante para a nossa própria satisfação.
Ajudar outras pessoas está realmente em nosso sangue. Quem poderia passar por uma criança pequena que levou um tombo numa estrada de cascalho e agora está chorando? Ela enxerga o vermelho, seu próprio sangue. Isso faz com que as lágrimas fluam ainda mais. Nós montamos, limpamos o ferimento, afastamos a dor, confortamos e a balançamos.
Uma velhinha está torcendo as mãos na máquina de bilhetes. Ela não tem a menor ideia de como isso funciona. Ela tem que conseguir um bilhete. Ninguém está por perto para explicar o funcionamento dessa máquina para ela. Você, ao passar por ela, não pode fazer outra coisa senão ajudá-la.
Nos últimos meses, dezenas de milhares de pessoas se reuniram, se organizaram e se juntaram à organizações de ajuda. Criaram plataformas para ensinar aos refugiados a língua local, organizar alojamentos, oferecer-lhes atividades de lazer e suprir as necessidades da vida.
As pessoas dão uma mão onde é necessário, fazendo isso em seu tempo livre. Alguns até viajam para o exterior, para lugares onde as pessoas estão fugindo, onde a necessidade e o desespero são maiores. Os médicos cuidam dos doentes, outros cozinham muitas refeições todos os dias e as levam para as estações de trem. Equipes de ajuda armaram barracas para proteger da chuva as pessoas e os suprimentos de socorro. Dirigem seus carros particulares para transportar suprimentos para onde são necessários. E assim, muitos estão dispostos a trabalhar até a exaustão.
Impacto
Ao ajudar, você percebe que está ganhando. Você é envolvido por uma atmosfera de satisfação e alegria. Você fica com um sentimento de pertencimento e descobre um senso de comunidade. Ao olhar mais de perto para as pessoas, as imagens de medo em nossas cabeças desaparecem. Você já não acredita mais que pode ser explorado ou até mesmo roubado. Embarcar na aventura de ajudar alguém lhe permite participar da outra cultura. A maioria dos refugiados fica orgulhosa quando tem a oportunidade de cozinhar um de seus pratos nacionais. E podemos até ampliar nossos horizontes nos interessando por suas vidas, suas necessidades e medos.
Apesar de Nós Mesmos
Ficamos felizes quando podemos viver nossos valores cristãos. Muitos são guiados pelo texto: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”. (Mateus 7:12) Por medo, alguns não pensam em ajudar, porém não suportam ficar sem fazer nada, e depois ficam felizes por terem colaborado, apesar de si mesmos. Outros ainda veem como um privilégio viver em um país seguro e querem retribuir por gratidão.
É a Necessidade
É verdade que onde muitos milhares passaram, lixo e sujeira são deixados para trás e não cresce mais uma folha verde de grama. Mas você pode culpá-los? Qual o motivo de estarem fugindo? O medo de um novo bombardeio? O medo aterrorizante de testemunhar mais uma vez um amigo, andando ao seu lado ser dilacerado por uma lasca de granada? Ou o medo de ser torturado ou estuprado por soldados russos? As razões para a fuga são múltiplas. Ninguém deixa sua terra natal voluntariamente.
Uma mãe de dois filhos está dirigindo seu carro, trazendo capas de chuva e botas de borracha para a fronteira Austríaca, onde refugiados esperam pelo ônibus, na chuva fria, para levá-los. Nossa ajudante entrega as capas de chuva a um pai de três filhos que está esperando o ônibus com sua esposa e um tio. Todos os membros da família estão frios e desanimados. Eles têm um convite no bolso para visitar um dos irmãos de seu pai na Suécia. Mas como chegar lá, agora que a noite está caindo novamente? Nossa ajudante distribuiu todo o material que levou, e já está a caminho de casa. Mas ao pensar na família que está se congelando no frio à espera do ônibus lhe tira o sossego. Ela retorna e encontra a família na multidão. Liga para o marido e pede que ele a leve até a fronteira com um segundo carro e três cadeiras de criança. Sem mais delongas, eles levam a família estrangeira para sua casa.
Todos recebem uma toalha e um banho quente. Logo, os próprios filhos e os estranhos brincam satisfeitos uns com os outros, apesar da barreira do idioma. Depois de um delicioso jantar todos se sentam juntos, conversando de alma e coração, rindo muito e fazendo planos para mais ajuda. Depois de dois dias, chegou a hora. Uma família feliz é colocada no trem – com a Suécia como destino. O irmão que os aguarda na Suécia sabe que seus parentes foram ajudados e que virão em breve. Outra família feliz fica na Áustria. Eles estão satisfeitos por terem sido capazes de ajudar pelo menos algumas pessoas. Isso nos estimula e nos incentiva a continuar ajudando. Uma gota no balde? É verdade, mas muitas gotas formam uma chuva que enche o balde. Qualquer um pode se tornar uma gota e se envolver. Não há limites para a imaginação. E a alegria vai voltar e te fazer feliz!
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Esther Neumann estudou Nutrição na Universidade de Viena. Desde então, ela atuou como autora da revista de saúde “Leben und Gesundheit” e conduziu palestras sobre saúde em vários locais da Áustria.
Irisina diz
Óptima lição de vida. Realmente o natural seria ajudar o próximo mas quando o egoismo domina, somos cegados ao ponto de não sentir necessidade de o fazer. Amo as vossas publicações e publico também
José diz
Quão importante é ajudar! Fiquei muito sensibilizado pela experiência contada.Deus abençoe os que estão na Europa ajudando outras famílias.
Linalva Machado Rego da Silva diz
Boa noite! Como fico emocionada, quando vejo tanta bondade de pessoas que amam ajudar outras que necessitam. Deus os abençoe! Ricamente. Obrigada!